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segunda-feira, 22 de maio de 2017

Entrevista com Kézia Martins, autora de O Jogo da Verdade.



Entrevista: Para Gostar de Ler e Para Gostar de Ler Brasil ( E todas as Redes Sociais ligadas)

Estamos aqui entrevistando Kézia Martins, autora de O Jogo da Verdade, um lançamento de sucesso.

Vamos às perguntas:

1- Qual é a sua inspiração na hora de escrever? Já se inspirou em outros autores para escrever?

 Eu me inspiro no cotidiano meu e de outras pessoa, na vida em si para ser mais exata. Cada pessoa que eu vejo leva um pouco da historia que crio no momento. Já me inspirei em uma escritora.

2- Cite três escritores nacionais e três internacionais que você admira. Que livro e autor você acha que todos deveriam ler pelo menos uma vez na vida? 

Internacionais: Sophia Kinsella, JK Rowling, Nicola Yoon. Nacionais: Carina Rissi, Samanta Holtz, Raiza Varella.

Nossa que dificil, tem tantos livros bons. Mas vou citar um que li recentemente e amei. O sol também é uma estrela, da Nicola Yoon.


3- O que você acha de seus leitores? 

Cada um é uma pequena inspiração. Até mesmo pra minha vida. As historias que eles contam, os agradecimentos e ate mesmo as criticas que eles colocam, tudo isso me faz ver que tô no caminho certo porque tem gente que gosta do que faço e se identifica. Eles são o motivo pra eu estar aqui hoje e continuar.

4- Qual foi o livro que te fez entrar no mundo da leitura? 

O que conseguiu me prender de fato e continuar lendo e procurando nossas leituras foi Harry Potter. Depois que li esse livro minha vida mudou.

5 - Você tem inspiração ou ajuda de outros autores para escrever? 

Inspiração. Quando tenho duvidas e quero saber de alguma coisa mais especifica vou no Google ou pergunto pra algum colega escritor ou grupo de escritores. Isso é uma coisa bem legal, ver tanta gente do ramo se ajudando.

6 - Você já se inspirou em alguma música ou banda para escrever?

 Não. Eu não consigo escrever ouvindo musica kkkk Quando presto atenção na letra não chega a ser tanto pra criar uma história ou texto.

7 - Você teve alguma dificuldade para publicar seu livro? 

Estou tendo até hoje haha, até porque esse livro está publicado na plataforma wattpad. Pra publicar em uma editora você deve ter uma bela quantia de dinheiro guardado.

8 - Como você lida com comentários negativos sobre seus livros? 

Levo numa boa. Na verdade eu até agradeço. Gosto muito de receber comentários positivos, mas isso não ajuda a melhorar a historia, o meu jeito de escrever. Se a pessoa diz que não gostou de algo e isso for construtivo vou levar a serio e colocar isso no próximo livro. Até porque a pessoa não disse por mal, mas pra ajudar.

9 - Se eu fosse para uma ilha deserta eu levaria...

 muita comida haha

10 - Qual o seu livro preferido na atualidade? 

É uma serie, As Crônicas lunares.

11- Qual seu maior sonho como escritora? 

Conseguir mudar a vida das pessoas. Conseguir ajuda-las com minhas historias. 
 
Kézia Martins
12 - Como é a sensação de saber que as pessoas leem seu livro? E postam foto nas redes sociais e comentam sobre ele com os amigos e familiares? 

É clichê se eu falar que é incrível? Haha eu ainda fico meio boba quando alguém comenta que leu e gostou, ou quando vejo gente da minha cidade lendo o livro na plataforma. Uma vez uma leitora fez um trabalho de literatura sobre escritores nacionais e me citou. Pensa numa guria que ficou toda boba? haha

13 - O que te inspirou, qual foi a sua experiência ao escrever o seu livro.? Como surgiram os personagens? Você se inspirou em alguma pessoa que você conhece? 

Pra escrever esse livro me inspirei no meu irmão quando ele era mais novo, nas mentiras que ele insistia em contar. Mas ele não é nenhum personagem, é só a ideia inicial dele. Tem uma personagem no livro que é totalmente minha avó de tão fofa e meiga. Acho que nenhum personagem sai do nada, sempre existe uma pessoa real para nos apoiarmos. Algum amigo próximo, um desconhecido na rua, e por ai vai.

14 – Se o seu livro virasse um filme, qual seria a música que o representaria? 

A Beautiful Lie - 30 Seconds To Mars

Muito obrigada novamente Kézia , você deseja falar mais alguma coisa para os leitores e seguidores de Para Gostar de Ler e Para Gostar de Ler Brasil? 

Quero agradecer todo mundo que leu essa entrevista e que apoia a literatura nacional. Ela já cresceu muito. As Editoras estão aceitando mais autores do que antes e isso é ótimo e tudo graças a vocês, blogueiros, youtubers, leitores em si que divulgam nosso trabalho e comentam sobre ele. Obrigada por toda animação e curiosidade, obrigada pela sinceridade e pela constante motivação!

Ping-Pong:
Comida preferida: Pizza!
Estilo de roupa: Vestidos e saias longas.
Livro favorito: ​ ​Já citei aqui mas citarei sempre, Harry Potter.
Personagem literário que não sai do seu coração: ​ Ian Clarke, da serie Perdida.
Complete a frase: Homem bom é homem... que sabe ouvir.


Um Caso Perdido: Colleen Hoover




Um Caso Perdido
Colleen Hoover
Galera Record


Um Caso Perdido (Hopeless) é o primeiro volume da trilogia (tudo spin off) Hopeless escrita por Colleen Hoover que conta a história de Sky Davis, uma adolescente que não tem qualquer contato com a tecnologia. Sua ma~e adotiva, Karen, não permite que ela tenha sequer um celular e ela também estuda em casa. Um dia Sky consegue convencer Karen de que estudar em uma escola pública lhe daria maiores chances para adquirir mais créditos a fim de entrar em uma boa universidade. Ela faz isso para ficar mais perto de sua amiga revoltada Six, mas, para sua decepção, Six vai fazer um intercâmbio na Itália, deixando presentes para Sky: um celular para se comunicarem por mensagens e um e-reader, que transforma a vida de Sky.
 No entanto, um dos principais “problemas” de Sky é nunca sentir nada quando fica com um garoto. Ela não passa dos beijos com eles, justamente por nada sentir, e, mesmo assim, já chega à escola com fama de vadia, adquirida apenas por ser amiga de Six. Lá, faz apenas um amigo, Breckin, que é mórmom e gay e com ele começa a superar os bullying que sofre.
 O que Sky não espera é conhecer Dean Holder, cuja fama de bad boy corre por toda a escola. Ele é lindo e o único garoto que consegue fazê-la sentir algo. Dean acha que a conhece e as coisas começam a ficar quentes entre os dois. Sky começa, então, a descobrir que muito do que falam sobre Dean não é verdade absoluta, ao mesmo tempo em que começa a descobrir verdades sobre si mesma.
Um dia, ao entrar no quarto da irmã de Dean, Less (que havia se suicidado), Sky começa a ter recordações perturbadoras e descobre que conhecia Dean e sua irmã. Daí por diante são descobertas cada vez mais aterradoras. Abusos, dramas, “sequestros”, dor, enfim, tufo o que pode acabar com a vida de um ser humano começa a surgir do passado dos dois jovens com um desfecho incrível e surpreendente.

 Em princípio, este livro me entediou muito (não gosto de livros narrados em primeira pessoa, nesse caso, pela SkY), mas, como não tenho o hábito de abandor algo pela metade, insisti e o terminei. Gostei da história, achei interessante e, claro, os dramas apresentados no livro são fatos que realmente acontecem e isso conta muito, mas uma coisa que ficou gravada na minha mente foi a maturidade de Dean Holder. Como um jovem de 18 anos pode ter aqueles pensamentos? Eu nunca consegui vê-lo como um adolescente. Suas atitudes, ao meu ver, batem mais com as de um homem adulto. Porém, talvez seja isso que agrade tanto às leitoras adolescentes e faça desse livro um sucesso. Eu, particularmente, gostei, mas não vi muita coisa de extraordinária. Pretendo, obviamente, ler os outros volumes (Sem Esperança e Em Busca de Cinderela, se não me engano). Vale a pena ler, de qualquer jeito.

domingo, 7 de maio de 2017

Saiba mais sobre Olavo Bilac

Biografia de Olavo Bilac


Olavo Bilac (1865-1918) foi um poeta, contista e jornalista brasileiro. Escreveu a letra do Hino à Bandeira brasileira. É membro fundador da Academia Brasileira de Letras, ocupou a cadeira nº 15. Foi um dos principais representantes do Movimento Parnasiano que valorizou o cuidado formal do poema, em busca de palavras raras, rimas ricas e rigidez das regras da composição poética.
Olavo Bilac (1865-1918) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 16 de dezembro de 1865. Filho do cirurgião do exército, Brás Martins dos Guimarães e de Delfina Belmira Gomes de Paula, só conheceu o pai em 1870, quando este voltou da Guerra do Paraguai. Teve uma infância cercada de histórias e hinos militares. Em 1880, entrou para a Faculdade de Medicina e depois Direito, sem concluir nenhum dos cursos.

Olavo Bilac dedicou-se à poesia e ao jornalismo, publicou suas primeiras poesias, em 1883, na Gazeta Acadêmica. Nesse mesmo ano, conheceu Alberto de Oliveira e sua irmã Amélia de Oliveira, por quem se apaixonou, mas foi impedido de casar, pois a família não aceitava a vida boêmia do poeta.
Passou a colaborar com vários jornais e revista como “Gazeta de Notícias” e o “Diário de Notícias”. Em 1886, colaborou em “A Semana”, juntamente com Machado de Assis, Alberto de Oliveira, Coelho Neto, Raimundo Correia, Aluízio Azevedo e outros. Em 1888, Olavo Bilac publicou seu primeiro livro, “Poesias”, contendo as “Panóplias”, “Via Láctea” e “Sarças de Fogo”.
Republicano e nacionalista, Olavo Bilac escreveu, em 1889, a letra do “Hino à Bandeira”. Opondo-se ao governo de Floriano Peixoto, em 1893, foi preso e exilado em Ouro Preto, então capital de Minas Gerais, onde escreveu “O Caçador de Esmeraldas”. Em 1897, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.
Em 1907, no auge da popularidade, é eleito o primeiro “Príncipe dos Poetas Brasileiros”, em um concurso promovido pela revista Fon-Fon. Em 1914, nomeado pelo governo de Venceslau Brás, Bilac viajou pelo Brasil, fazendo campanhas cívicas em prol da alfabetização e do serviço militar obrigatório. Em 1915 fundou a Liga de Defesa Nacional realizando várias conferência cívicas.
Olavo Bilac formou junto com Raimundo Correia e Alberto de Oliveira, a famosa “Tríade Parnasiana”, inspirado na mitologia greco-romana, abordando-a nas poesias “O Julgamento de Frinéia”, “Messalina”, “Lendo a Ilíada” etc. O livro “Profissão de Fé” se tornou uma espécie de postulado do Parnasianismo. Para ele, o poeta deveria trabalhar as palavras minuciosamente, procurando a perfeição formal, a pureza linguística e a elegância do vocabulário.
Olavo Bilac morreu no Rio de Janeiro, no dia 28 de dezembro de 1918.

Obras de Olavo Bilac

Poesias, 1888
Via Láctea, 1888
Sarças de Fogo, 1888
Crônicas e Novelas, 1894
O Caçador de Esmeraldas, poesia, 1902
As Viagens, poesia, 1902
Alma Inquieta, poesia, 1902
Poesias Infantis, 1904
Crítica e Fantasia, 1904
Tratado de Versificação, 1905
Conferências Literárias, 1906
Ironia e Piedade, crônicas, 1916
A Defesa Nacional (1917)
Tarde, poesia, 1919 (publicação póstuma)


Fonte 

sábado, 6 de maio de 2017

O essencial é invisível aos olhos. Resenha de Com Outros Olhos, de Tahti Machado.

Com Outros Olhos
Thati Machado
Amazon
Sinopse: "A vida perfeita de aparências da jovem Lana se desfaz como pó depois de um trágico acidente com seu então namorado Lucas. Destinada a ultrapassar todos os obstáculos que a vida lhe impõe, Lana ingressa na Companhia Raoul de Teatro - com a ajuda de seu irmão - sem que saibam das suas limitações. Seus companheiros de trabalho parecem não facilitar a vida da moça, principalmente Arthur, que interpreta seu par romântico na peça. Ironia do destino ou não, Lana vai descobrir que uma vida sem luz ainda pode lhe oferecer tudo que uma garota sempre sonhou. E que as aparências... Sempre enganam."
Resenha:
“Voici mon secret. C’est três simple: on ne voit bien qu’avec le coeur. L’essentiel est invisible pour les yeux.” (“Eis meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.”
 (Antoine Saint-Exupéry, Le Petit Prince)
 Lana sofreu um acidente de carro cujas consequências, pelo menos para ela, foram terríveis: ela ficou cega. Sua vida mudou. Precisou se adaptar a tudo e todos, mas o sonho de ser atriz continuou e ela foi aprovada para a companhia de teatro Raoul, uma das melhores. Apenas um detalhe: as pessoas que com ela deveriam contracenar não sabiam que ela era cega.  Lana fora aprovada nos testes por seu talento e, com ajuda de seu irmão Leo, buscava se tornar cada vez mais independente, na medida do possível.

 As coisas começam a ficar estranhas quando Lana é escolhida para ser a protagonista da peça Romeu e Julieta. Arthur, um rapaz decidido, que lutara muito para conseguir o papel e Romeu (e foi escolhido), se opunha à escolha do diretor, Julie, um diretor rude e duro, mas que gostava de inovar e reconhecia um talento quando via um, tendo escolhido Lana pelo talento, sem saber que ela era cega (o que não fez, então, a menor diferença quando ele soube).
 A animosidade com que Arthur tratava Lana tinha um motivo: aos onze anos ele se declarara a ela com uma mensagem no correio do amor no dia dos namorados e sua declaração havia sido recebida com risos e ela virara a piada na escola. Agora, depois de tanto tempo, ela nem o reconhecia!
 Eles começaram a ensaiar e tudo era terrível, pois a empatia necessária para a interpretação dos amantes de Veneza não se fazia presente.
 Um dia, Arthur vai ensaiar na casa de Lana , depois de mil tentativas e discussões, os dois, “por acidente” trocam um beijo. Mesmo assim, ele deixa a casa e, na tentativa de fazê-lo voltar, Lana cai e ele não a ajuda a se levantar por pensar que ela não deseja isso. Mas há um confronto entre ele e Leo e a verdade é revelada: Ela é cega.
 A partir daí as coisas mudam. Não porque Arthur sente pena de Lana, mas porque ele entende finalmente o porquê dela nunca o olhar, não tê-lo reconhecido.
 Aos poucos eles vão se acertando em cena e na vida. E também, aos poucos, Lana vai se apaixonando, até que eles começam um relacionamento baseado em confiança e amor.
 No entanto, há outras revelações que Lana, em sua cegueira, deve encarar e Lucas, seu ex namorado, um dos responsáveis pelo acidente que causou a cegueira da garota e que a deixou de lado, volta para perturbar a existência do casal. Mas isso é para ser lido... Não conto mesmo!
 O que esse livro me trouxe foi a consciência de que os olhos são enganadores. Muitas vezes nos deixamos levar pela aparência esquecendo o conteúdo. Lana, pelo que entendi, era uma menina frívola, que se ligava em beleza física e outras futilidades até que a vida lhe estapeou de forma violenta e ela se viu dependente e, por fim, percebeu que somos frágeis, findáveis e precisamos uns dos outros. Lana aprendeu a realmente amar e dar valor a tudo o que antes considerava “abaixo de si”.  Lana aprendeu e ver “com outros olhos”, os olhos do coração.

Para Gostar de Ler Brasil: Lançamento mais do que legal!

Melodia Mortal
Pedro Bandeira e Guido Carlos Levi
Fábrica 231 (Rocco)

Sinopse:
"Será que Mozart foi assassinado por Salieri? Tchaikovsky morreu de cólera ou envenenamento? Chopin morreu mesmo tuberculoso? E Beethoven, foi vítima do alcoolismo? A resposta, ou pelo menos algumas hipóteses plausíveis para essas perguntas, estão em Melodia mortal, estreia na ficção adulta de um dos maiores autores para o público juvenil do país. Escrito a quatro mãos por Pedro Bandeira com o médico Guido Levi, o livro examina, à luz dos conhecimentos da medicina contemporânea, os indícios possíveis sobre as mortes polêmicas de alguns grandes compositores da música clássica. E quem conduz a investigação é ninguém menos que Sherlock Holmes, auxiliado pelo seu fiel escudeiro, o doutor John H. Watson, que narra as aventuras do detetive na empreitada. Talvez não seja possível, tanto tempo depois, elucidar a causa dessas mortes que a medicina da época não foi capaz de precisar, mas a diversão é garantida neste romance cheio de teorias científicas e enigmas que formam um intricado quebra-cabeça, na tradição da melhor literatura policial."




Para Gostar de Ler Brasil: Lançamento mais do que legal!: Melodia Mortal Pedro Bandeira e Guido Carlos Levi Fábrica 231 (Rocco) Sinopse: "Será que Mozart foi assassinado por Salieri? Tchai...

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Resenha: Contando Estrelas, de Thati Machado. "Ora (Direis)..."



Resenha


Contando  Estrelas

Thati Machado



Sinopse:



“Leo e Davi deram início a uma linda história de amor, todavia ainda não encontraram seu final feliz. Enquanto Leo quer gritar para o mundo o que sente pelo amado, Davi não se sente pronto para assumir seus sentimentos e teme que a família o rejeite. Esperando que vivenciar uma pequena aventura faça Davi mudar de ideia e perceber o que realmente importa, Leo o leva para acampar junto com seus melhores amigos. O acampamento, contudo, trará surpresas e reviravoltas. Será o medo capaz de afastar dois corações que batem um uníssono?”





 Como professora de Português e Literatura que sou sempre tive o cuidado de me colocar numa posição bem distante de meu  “eu” para analisar o que leio. Procuro deixar de lado minhas opiniões pessoais, meus conceitos e preconceitos e até meus sentimentos. Esqueço minha religião, tudo o que aprendi em minha vida, agora madura, para que nada possa interferir em meus julgamentos. No entanto, confesso, me debulhei em lágrimas ao ler esse livro. Fiquei muito surpresa com a minha reação, mas foi impossível não permitir que meu coração criasse força diante de tanta poesia.

 É uma história que talvez possa estar acontecendo na vizinhança e a gente não tenha conhecimento, já que o mundo hipócrita não permite que certas realidades sejam expostas “comme Il faut”.

 Leo e Davi são gays. Leo assumiu para sua família e foi aceito, uma vez que esta é amorosa; Davi, filho de pais religiosos, teme. Eles se encontraram, se apaixonaram e não conseguem viver seu amor plenamente porque Davi teme a reação dos pais e do mundo.

 Em um final de semana, acampando, Davi, finalmente, resolve pedir Leo em namoro, porém (tem sempre um porém) acontece algo que Davi não está esperando: o encontro com um ex, Rafa, que lhe mostra o quanto é infeliz por não assumir sua homossexualidade. A coisa vai de mal a pior... Ah, eu não vou contar...

 Contando Estrelas  não é sobre sexo, é sobre amor. Esse livro mostra que precisamos parar de apontar o dedo para o que julgamos errado nos outro simplesmente porque não aceitamos sua realidade. Senti uma tristeza tão grande , seguida de uma emoção enorme quando essa onda de amor tomou conta de mim que chorei. Chorei tanto, mas tanto que acho que estou desidratada até agora. Por que, em nome de tudo, não podemos compreender o próximo e olhá-lo como o ser humano que é? Por que não podemos simplesmente dar mais amor e amizade, respeitar as pessoas? Seria tudo tão melhor.

 Há um momento especialmente significativo no livro para mim. Acontece quando Leo leva Davi a um descampado para que possam “contar estrelas” e ele diz que contando estrelas consegue força para superar os obstáculos da vida mais facilmente. Isso me lembrou meu porta favorito, Olavo Bilac, em uma de suas obras, em que ele diz:



“Ora (Direis) Ouvir estrelas! Certo

Perdeste o senso!” Eu eu vos direi, no entanto,

Que, para ouvi-las, muita vez desperto

E abro as janelas... pálido de espanto’



(Soneto XIII da obra Via Láctea, leiam depois o soneto completo, pois é lindo)



 Eu sempre contei estrelas, pois elas são infinitas e a prova do quão pequenos somos neste universo. Sempre foram, para mim, símbolos de esperança e eternidade, embora não sejam eternas. Hoje, não as conto mais, pois quem eu amo está entre elas.  Assim, ao contrário de Leo, eu não conto estrelas para superar meus problemas, mas converso com elas. Pois, como Bilac bem disse “só quem ama tem ouvidos capaz de ouvir e de entender s estrelas”.

 Leiam Contando Estrelas com a mente e o coração abertos e vocês não se arrependerão!



Em tempo, Contando Estrelas é um spin off de Com Outros Olhos, da mesma autora, obviamente (não é preciso ler Com Outros Olhos para ler Contando Estrelas, que fique bem claro) e você pode encontrar os dois na plataforma Amazon ou entrando em contato com a autora. Vejam os links:





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